Confusão na Praça da Caixa D’água tem sangue e revolta

Conflito entre Guarda Municipal e motorista na Praça da Caixa D’água termina em tumulto e indignação popular

Na noite da última quinta-feira (20), a Praça da Caixa D’água, no bairro Baianão, em Porto Seguro, foi palco de uma confusão envolvendo agentes da Guarda Civil Municipal e um motorista identificado como Daniel. O episódio, que começou com uma infração de trânsito, terminou em agressões, revolta popular e grande repercussão nas redes sociais.

O início da confusão

Segundo relatos de testemunhas, Daniel parou seu carro em fila dupla para comprar fraldas na Farmácia Noroelo. Como de costume, o estacionamento da região estava lotado, o que o levou a estacionar rapidamente ao lado de outro veículo enquanto realizava a compra.

No momento em que a Guarda Municipal patrulhava a área, os agentes avistaram o veículo estacionado em local irregular e abordaram o condutor. Populares informam que Daniel, segurando sua filha no colo, tentou explicar que retiraria o carro em poucos instantes, mas os guardas insistiram na aplicação da multa.

De acordo com testemunhas, a situação escalou quando os agentes, ao realizarem a abordagem, teriam agido de forma truculenta. Ainda segundo relatos, Daniel foi atingido com um cassetete no rosto, sofrendo um corte profundo no supercílio, o que causou grande revolta nos presentes.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram Daniel ensanguentado, enquanto pessoas ao redor manifestavam indignação com a conduta dos agentes. Motoristas do transporte alternativo tentaram intervir para acalmar os ânimos, mas a confusão se intensificou.

A versão da Guarda Civil Municipal

Em nota enviada à nossa redação, Fala Porto News, o Comando da Guarda Civil Municipal de Porto Seguro apresentou outra versão dos fatos.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Comando da Guarda Civil Municipal de Porto Seguro informa que, na noite desta quinta-feira (20), ocorreu um incidente na Praça da Caixa D’água, no bairro Baianão, envolvendo um condutor de veículo e agentes da Guarda Civil Municipal (GCM).

O fato teve início quando a equipe da GCM identificou um veículo estacionado em fila dupla, prejudicando o fluxo do trânsito. Ao ser abordado pelos agentes e orientado a desobstruir a via, o condutor se recusou a atender à solicitação, respondendo de maneira agressiva. Diante da resistência, a Guarda Civil Municipal procedeu com a notificação do veículo, momento em que o indivíduo reagiu de forma exaltada, partindo para agressões contra os agentes.

O condutor, demonstrando comportamento descontrolado, chegou a chutar repetidamente a viatura da GCM, causando danos ao patrimônio público. Durante a tentativa de conduzi-lo à delegacia, um grupo de motoristas do transporte alternativo interveio, pedindo que o homem não fosse conduzido.

A Guarda Civil Municipal seguiu para a delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência, no qual constam os crimes de Dano Qualificado contra o Patrimônio Público (Art. 163, Parágrafo Único, Inciso III do Código Penal) e Desacato (Art. 331 do Código Penal). O caso está agora sob a responsabilidade das autoridades competentes para as devidas providências.

População questiona uso excessivo da força

Apesar da justificativa apresentada pela Guarda Civil Municipal, moradores do Baianão e pessoas que presenciaram o incidente contestam a versão dos agentes. Para eles, a abordagem foi desproporcional, e o uso da força física contra um cidadão que segurava uma criança no colo foi injustificável.

A cena de Daniel ferido e sangrando revoltou a comunidade, que vê o caso como mais um exemplo de abuso de autoridade. O episódio gerou grande mobilização nas redes sociais, onde muitos internautas cobraram providências por parte das autoridades municipais.

Enquanto as investigações seguem para esclarecer os detalhes do ocorrido, a população do Baianão espera que o caso seja tratado com transparência e que medidas sejam adotadas para evitar que situações semelhantes voltem a acontecer.

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